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Vantagens e desvantagens do trabalho em equipa |
Índice
Introdução
Trabalho está a mudar
Vantagens do trabalho em equipa
Segredos para o êxito
Os riscos das equipas
Resumo
A solução para a maioria dos problemas que afecta as organizações começou, de repente, a escrever-se com três palavras apenas:
trabalho de equipa. Um conceito mágico onde se deposita a esperança de cura da maioria das doenças das pequenas e médias empresas
(PME). Mas por que razão, de um dia para o outro, algo que já existia ganhou tanto destaque?
A resposta passa pela mudança de natureza do próprio trabalho, que passou a estar:
- mais dependente de intricadas redes de conhecimento;
- menos ligado a tarefas simples de carácter automático.
Ou seja, até há pouco tempo, os projectos permitiam a divisão de tarefas a tal ponto que as pessoas não precisavam de
trabalhar juntas para que todas as peças se unissem no final. Agora as coisas dificilmente se passam assim. O trabalho de muitas
PME está dependente do conhecimento e, como tal, não avança de forma sistemática. Cresce e transfigura-se à medida das
colaborações e dos contributos de cada especialista.
É desta estreita colaboração que nascem as vantagens do trabalho de equipa. Algumas tão evidentes que, por vezes, são esquecidas:
- máximo aproveitamento dos talentos de cada um;
- máxima criatividade ao serviço do projecto;
- maior motivação nas metas a atingir;
- descentralização de poder que resulta em maior responsabilização individual;
- maior rapidez na concretização, logo maior produtividade;
- possibilidade de trocas enriquecedoras de experiências e papéis;
- complementaridade de funções;
- novas abordagens e soluções para velhos problemas;
- gosto pelas tarefas a concretizar.
Como em tudo, também a formação de uma equipa obedece a requisitos, sobretudo se o objectivo for o sucesso. As principais regras
adaptam-se a todos os sectores onde operam as PME:
- A missão deve estar claramente definida para que todos a compreendam. Isto inclui o conhecimento do objectivo do
projecto, da estratégia para o concretizar, dos benefícios a receber se o trabalho for concluído com êxito e das fórmulas a
utilizar em caso de conflito entre os elementos do grupo;
- Todos os membros devem possuir um pensamento positivo. Basta que um dos elementos seja pessimista ou derrotista para que o
trabalho corra riscos;
- A equipa deve ser vedada a pessoas egoístas e oportunistas, que podem pôr em risco o sucesso do trabalho de grupo;
- Cada elemento deve possuir auto-confiança e auto-estima suficientes para respeitar todos os outros;
- Os membros devem estar atentos a distracções e falhas na produtividade. Se tal acontecer, o grupo deverá voltar rapidamente
ao caminho certo;
- Cada elemento deve confiar absolutamente na motivação dos outros e não esconder a sua;
- A equipa deve ser o mais pequena possível, sendo constituída apenas pelos elementos estritamente necessários ao
projecto.
Apesar de os factores positivos serem muitos, o trabalho de equipa não está destituído de alguns problemas, aos quais os
responsáveis das PME deverão estar atentos para evitar danos irreversíveis.
Mais acertado do que pensar de que forma a equipa poderá atingir o sucesso, é questionar se vale mesmo a pena criá-la. É que nem
sempre ela é a solução para todos os problemas. Em vez de trazer aumento de produtividade, imaginação e novas abordagens para
estruturas caducas, acaba por originar mais problemas.
Assim, antes de avançar para a formação de uma equipa, os responsáveis das PME devem ponderar, respondendo a três perguntas
fundamentais:
- O projecto necessita mesmo de trabalho de grupo?
Se as tarefas puderem ser divididas por cerca de oito pessoas, sendo depois entregues a um líder que as organiza, não é
preciso formar uma equipa. É bom não esquecer que esta só faz sentido se os seus membros trabalharem juntos para o mesmo fim,
usando as competências complementares;
- Os membros da equipa lideram os vários aspectos do projecto?
Se existe um membro da equipa a tomar todas as decisões importantes, não estamos perante um grupo, mas perante uma unidade de
trabalho liderada por uma só pessoa. E quando isso acontece é porque não é necessário o esforço conjunto;
- Os membros do grupo respeitam-se mutuamente?
Se as pessoas responderem perante o chefe em vez de umas às outras, não integram uma verdadeira equipa. É que o respeito
mútuo reflecte o mais elevado grau de empenhamento que os elementos de um grupo podem ter.
Vantagens
- Máximo aproveitamento dos talentos de cada um;
- Máxima criatividade ao serviço do projecto;
- Maior motivação nas metas a atingir;
- Descentralização de poder que resulta em maior responsabilização individual;
- Maior rapidez na concretização, logo maior produtividade;
- Possibilidade de trocas enriquecedoras de experiências e papéis;
- Complementaridade de funções;
- Novas abordagens e soluções para velhos problemas.
Desvantagens
- Dispersão e distracção que resulta em perda de tempo;
- Choque de personalidades e procura de liderança que resulta em conflito;
- Dificuldade de aplicação de métodos de trabalho em grupo eficazes;
- Ausência de chefia que resulta em desmotivação em cadeia;
- Confusão nas funções a desempenhar que resulta em desgaste do grupo;
- Falta de produtividade de alguns membros que resulta em desequilíbrio produtivo da equipa.
Bibliografia
- Katzenbach, Jon R.; Teams at the Top: Unleashing the Potencial of Both Teams and Individual Leaders; Harvard Business
School Press; 1998
- Katzenbach, Jon R. & Smith, Douglas K.; The Wisdom of Teams: Creating the High-Performance Organization; Harperbusiness;
1994
- Katzenbach, Jon R.; The Work of Teams; Harvard Business School Press; 1998
- Blanchard, Ken; The One Minute Manager Builds High Performance Teams; William Morrow & Co; 1991
- Robbins, Harvey & Finley, Michael; Why Teams Don't Work: What Went Wrong and How to Make it Right; Peterson's Guides;
1995
Referências
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Autor: Webtexto
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