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Manual

Diferenças entre cadeia de fornecimento e cadeia de valor

Índice

Introdução
Ponto 1 - Diferenças entre cadeia de fornecimento e cadeia de valor
Ponto 2 - Focalização na cadeia de valor
Ponto 3 - As condições para o sucesso

Introdução

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O mundo dos negócios está a sofrer uma profunda alteração. Não se trata só de mudanças dos produtos ou serviços vendidos nem de novas formas de distribuição. É a própria lógica de fazer negócio que está a mudar. No passado recente, as empresas tinham a noção clara da sua individualidade, quem eram os seus clientes, os seus fornecedores e os seus concorrentes. Hoje, uma mesma empresa pode ser, ao mesmo tempo, cliente, parceira e concorrente. Entrou-se na lógica do comércio colaborativo. A concorrência já não se trava tanto ao nível dos produtos e serviços propostos no mercado mas sim na gestão da cadeia de valor.

É importante compreender que a gestão de uma cadeia de valor assente na lógica colaborativa funciona com o sistema de dados existente na empresa. Não é necessário portanto investir na aquisição de um novo conjunto de dados. Trata-se simplesmente de retirar o maior valor possível da informação que já está presente na base, ou nas várias bases, de dados com as quais a empresa já trabalha. É evidente que todo o processo da cadeia de valor não pode ser desligado das técnicas de gestão baseadas nas novas soluções informáticas tais como o CRM - Customer Relationship Management ou, sobretudo, o ERP - Entreprise Ressource Planning.

A questão da mudança aparece aqui também de forma muito clara. Mas, qualquer análise rigorosa à cadeia de valor da empresa, apoiada em dados concretos, vai permitir apoiar qualquer alteração, seja ela pequena ou de fundo, na empresa. Assim, baseada em números, é mais fácil a sua aceitação e posterior implementação.

Ponto 1 - Diferenças entre cadeia de fornecimento e cadeia de valor

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Antes de mais, convêm esclarecer que cadeia de fornecimento não é a mesma coisa do que cadeia de valor. A cadeia de fornecimento tem a ver com a gestão do aprovisionamento, algo que é feito de forma mais ou menos eficaz por todas as empresas e de uma forma relativamente rotineira. Por sua vez, a noção de cadeia de valor está mais próxima da preocupação de acrescentar valor à empresa, como um todo.

Cadeia de fornecimento

  • O que é: uma rede de unidades de negócio, com um grau de autonomia variável, que tem a responsabilidade das actividades de aquisição, fabricação e distribuição de uma ou várias famílias ou gamas de produtos;
  • Missão: assegurar que cada elemento ou segmento da cadeia recebe os materiais de que necessita a tempo e em boas condições;
  • Função objectiva: Procurar a melhor forma de transportar produtos da forma mais eficaz, mais rápida e mais eficiente;
  • Preocupação: a movimentação eficaz de matérias e de produtos através da cadeia e não as vendas ou os lucros;
  • Objectivo: limitar os stocks ao mínimo, conservando uma margem de segurança e aproximar-se o mais possível do JIT - Just In Time.

Cadeia de valor

  • O que é: um modelo eficaz de gestão que permite à empresa receber matérias-primas, acrescentar-lhe valor por variados processos e vender produtos transformados aos clientes com uma margem;
  • Missão: avaliar qual o valor que cada elemento ou segmento da cadeia acrescenta ao produto que vai evoluindo através dessa mesma cadeia;
  • Ideia: mostrar como cada produto transporta consigo um peso de custos que é preciso recuperar;
  • Objectivo: fornecer uma avaliação adequada do verdadeiro custo e lucro unitário de cada produto;
  • Utilidade: descobrir eficiências e ineficiências na cadeia de fornecimentos e de transformação.

Ponto 2 - Focalização na cadeia de valor

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A pressão para analisar ao pormenor os vários contributos de cada elemento da cadeia de fabrico para o custo total unitário leva a que se consiga estabelecer com precisão onde se encontram as ineficiências. E isto leva a uma alteração na gestão da empresa em geral e da gestão da produção em particular. Para melhorar a eficácia da empresa como um todo, a ênfase já não é colocado na cadeia de fornecimento mas sim nas novas técnicas de gestão colaborativa. Isto verifica-se em três níveis:
  • Aumento da facturação: São várias as técnicas ligadas às tecnologias de informação e comunicação que permitem à empresa apostar em estratégias diferentes e mais rentáveis. A saber:
    • e-mail marketing
    • CRM - Customer Relationship Management
    • o data mining
    • os novos canais de venda e de compra baseados na Internet.
  • Redução de custos: Em primeiro lugar a análise da cadeia de valor pode ser usada para identificar possíveis melhorias de desempenho. Em segundo lugar, esta análise pode ser utilizada para separar a empresa em unidades de negócio usando, tipicamente o ABC - Activity Based Costing, ou custeio baseado na actividade. Este processo permite realçar a natureza e os comportamentos dos diferentes passos ao longo da cadeia de valor e identificar mais facilmente como as várias actividades (comercial, selecção de fornecedores, mix de produtos, etc.) actuam nos custos.
  • Melhoria das compras: Um dos factores principais a ter em conta é a necessidade de atingir uma determinada massa crítica. Por outro lado, é essencial a empresa dispor de uma solução informática (software) para a integração da cadeia de valor. São várias as empresas que pensaram em associar-se a portais sejam eles específicos para um determinado sector de actividade, sejam eles mais genéricos. Tudo com a preocupação de aumentar a eficácia das suas compras.

Ponto 3 - As condições para o sucesso

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Para que a implementação de uma solução deste tipo traga, de facto, benefícios reais para as empresas são necessárias várias condições. Assim uma gestão do valor colaborativo implica:
  • A existência de análise de gestão rigorosa de informação de apoio à decisão.
  • A informação reflecte com rigor as consequências e o impacte das decisões.
  • Os impactos em qualquer ponto da cadeia são identificáveis de forma clara para qualquer pessoa desde que tenha autorização para ter acesso a elas.
  • A informação, que explicita o impacto das mudanças, pode ser monitorizada ao longo de toda a cadeia.
  • É possível usar meios informáticos para criar standards para medir o desempenho
  • As aplicações estão interligadas de modo a fornecer infra estruturas e metodologias comuns para a análise de desempenho.
Bibliografia
  • Martin, John D., Petty, J. William; Petty, William J.; Value Based Management; Oxford University Press; 2000
Referências

Autor: PME Negócios

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