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Manual

Como elaborar uma carta comercial com eficácia

Índice

Introdução
Passo 1 - Escolher a linguagem correcta de uma carta
Passo 2 - Estruturar a carta
Passo 3 - Escrever a carta
Passo 4 - Escolher o papel apropriado
Passo 5 - Preencher o envelope
Passo 6 - Dobrar e inserir a carta no envelope
Ponto 7 - Avaliar a eficácia económica de uma carta

Introdução

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As empresas recebem diariamente dezenas de cartas e conseguir que a nossa correspondência, em particular, atinja o alvo definido não é uma tarefa tão fácil como se poderia pensar à primeira vista. É preciso captar a atenção e, por isso, a criatividade é um dos elementos-chave que não deve ser descurado. Está provado que uma elevada percentagem das cartas recebidas pelas organizações nem chega a ser lida. Na maioria dos casos, o esforço, tempo e dinheiro despendido acaba por não corresponder ao objectivo pretendido. A feroz concorrência que domina actualmente o mercado obriga a uma originalidade na apresentação e na linguagem de forma a captar a atenção do destinatário.

 

Passo 1 - Escolher a linguagem correcta de uma carta

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O que deve fazer

O tom utilizado numa mensagem comercial deve ser:
  • Simples, mas não coloquial. Evite cair no erro do excesso de confiança. A carta é um meio de transmitir uma mensagem que substitui a presença física dos interlocutores. Se na presença física se utiliza um tom mais pessoal, na carta deve fazer-se o mesmo;
  • Original: A originalidade é essencial para seduzir o interlocutor. A linguagem utilizada deve ter a capacidade de surpreender o destinatário. É importante criar uma empatia imediata com o receptor da missiva;
Além disso, é indispensável:
  • Ter o cuidado de verificar sempre se não existem quaisquer erros ortográficos ou gralhas;
  • Usar palavras com força que dêem a ideia de acção;
  • Rever os textos de forma a evitar a repetição de ideias e retirar frases ou adjectivos desnecessários que apenas retiram clareza ao texto;
E é correcto escrever:
  • Damos seguimento à sua carta...
  • Espero a sua resposta...
  • Agradeço...
  • Juntamos...
  • Espero...
  • Acuso a recepção...
  • Saudamo-los atentamente...
Não se esqueça de usar a pontuação para dar força às ideias.

Recorde ainda uma ideia-chave a não esquecer: O tom de escrita deve soar positivo e confiante. O leitor deve sentir-se motivado com a mensagem transmitida para que sinta vontade de o contactar em seguida para o conhecer melhor e aos pormenores do projecto que pretende expor.

O que não deve fazer

Evite a utilização de expressões qualificativas tais como: atenta, amável, grato, cordiais e sinceros. O interlocutor poderá pensar que o está a adular para obter qualquer coisa;

Evite o uso frequente do gerúndio, um erro frequente na linguagem comercial; assim é incorrecto escrever:
  • Dando curso à sua carta...
  • Esperando a sua resposta...
  • Dando-lhe os mais expressivos agradecimentos...
  • Juntando à presente...
  • Ficando à espera...
  • Acusando a recepção...
  • Saudando-os atentamente...
Para que uma carta ganhe eficácia deverá ter o cuidado de não cair nos seguintes erros:
  • Excesso de familiaridade: ao tentar escapar à rigidez e excesso de formalidade não caia no erro oposto. Mesmo que conheça o destinatário, lembre-se que a correspondência poderá ter que ser lida por terceiros;
  • A verbosidade e a adulação: a primeira esconde o verdadeiro conteúdo da carta, enquanto a segunda provoca uma rejeição instantânea do leitor. Seja sincero e directo mesmo quando a mensagem é desagradável;
  • Vocabulário vulgar ou limitado: é preciso aprender a distinguir entre linguagem popular e vulgar. Uma expressão popular poderá enriquecer a mensagem, mas uma carta repleta de frases comuns poderá ter um efeito negativo. Em caso de dúvida é preferível abster-se de utilizá-la.
  • Excesso de confiança: nunca antecipe a atitude do leitor. Frases como "agradecemos antecipadamente", "sabemos que podemos contar convosco", "estou seguro de que..." impõem um critério ou uma decisão ao leitor.
  • Mencionar a sua exclusiva conveniência: evite mencionar o que lhe convém a si, dando sempre ênfase ao que pode interessar ao leitor.

Passo 2 - Estruturar a carta

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  • Cabeçalho: deve conter a informação básica sobre a sua empresa:
    • Logótipo (optativo)
    • Nome completo da empresa
    • Breve identificação da actividade (consultoria, fornecimento de serviços de telecomunicações. . . )
    • Morada
    • Contactos (telefone, fax)
  • Data: escreve-se exactamente por baixo do cabeçalho
  • Dados do destinatário: Escrevem-se à esquerda da folha:
    • Nome
    • Título ou cargo
    • Morada
  • Assunto: Neste ponto deve incluir-se uma breve alusão ao assunto da carta.
  • Saudação: escreve-se sempre à esquerda.
  • Corpo da carta
  • Despedida: tanto pode escrever-se à direita como à esquerda e compõem-se:
    • do nome completo da pessoa que escreve,
    • do seu título ou cargo,
    • da assinatura: sempre feita à mão, imediatamente a seguir à despedida.

Passo 3 - Escrever a carta

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  • Como iniciar uma carta: No primeiro parágrafo deve fazer uma breve e incisiva exposição sobre o motivo que o levou a enviar a correspondência. No caso de se tratar do fornecimento de um novo produto ou serviço explicar do que se trata e a que tipo de cliente se dirige.
  • O desenvolvimento da mensagem: Este é o espaço destinado a uma explicação mais detalhada sobre as razões que o levaram a escrever a carta dando todas as informações específicas para que o leitor compreenda o seu propósito:
    • Explique as vantagens do serviço/produto/projecto que está a promover.
    • A sua carta terá mais sucesso se focar os aspectos positivos e não os negativos, pois a maioria das pessoas reage melhor a ideias positivas do que a ideias negativas:
    • Dê mais ênfase ao "É" do que ao "Não É";
    • Diga que a empresa "Pode" e "Irá fazer" e não que "Não pode";
    • Comece com acção e não com pedidos de desculpa ou explicações;
    • Evite expressões que transmitam factos desagradáveis;
    • Se tiver que dar más notícias, coloque-as em segundo plano (ou no fim dos parágrafos), em relação às boas notícias (que devem ficar em locais de destaque);
    • Conceda mais espaço para as boas notícias e menos para as más notícias.
    • Não se esqueça de esclarecer de que forma é que o destinatário poderá entrar em contacto consigo ou responder à sua missiva.
  • Como terminar a carta: Tal como a introdução, o último parágrafo não deverá ultrapassar as quatro ou cinco linhas. É importante agradecer ao leitor o tempo que despendeu com a leitura da sua carta e deve funcionar como um convite para que destinatário o contacte com brevidade.
  • Erros a não cometer:
    • Repetições: o excesso de explicações cansa e incomoda, além de tornar a carta, desnecessariamente, muito mais longa;
    • Parágrafos demasiado longos e palavras rebuscadas: sem cair num estilo minimalista procure que os seus parágrafos sejam breves e directos;
  • Ideias-chave para uma carta eficaz:
    • Não deve exceder uma página. A mensagem tem que ser a mais breve, clara e directa possível para não dar lugar a equívocos e evitar o enfado do destinatário.
    • A carta deve estar dirigida a uma pessoal específica. Se não conhecer ninguém na empresa, telefone a perguntar o nome e a função.
    • Escreva uma introdução apelativa. Não se esqueça das três funções básicas de uma abertura: convidar, informar e seduzir.

Passo 4 - Escolher o papel apropriado

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Sempre que alguém abre o correio depara com uma infinidade de envelopes de todas as cores e feitios: papel grosseiro, de qualidade, amarelo, branco, acinzentado ou cinzento pérola com um papel de excelente qualidade. Provavelmente, será este último a ser aberto em primeiro lugar. O objectivo de um papel de qualidade é diferenciar a sua correspondência da dos concorrentes. O destino de grande parte dos sobrescritos com papel de baixa qualidade é o lixo sem sequer serem abertos.

Na escolha do papel verifique se é fabricado exclusivamente com madeira e com uma textura desagradável. Neste caso, está perante um papel de fraca qualidade. Se o papel tiver uma elevada percentagem de pano na sua composição, então trata-se do tipo mais adequado para o seu mailing.

Quando escolher o papel dê atenção os seguintes aspectos:
  • O tamanho da folha deve ter em conta a dimensão do sobrescrito. A carta dobrada, no máximo em três, deverá caber comodamente no sobrescrito.
  • A cor do papel também é importante. Os tons pastel são os mais adequados.
  • O grafismo do cabeçalho é primordial, devendo apostar na simplicidade.

Passo 5 - Preencher o envelope

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O preenchimento do envelope também está sujeito a certas regras:
  • Dados do remetente:
    • Colocar no canto superior esquerdo do envelope
    • Incluir o logotipo
    • Incluir a morada
    • Incluir o contacto (telefone, fax)
  • Dados do destinatário:
    • Colocar no canto inferior direito e incluem:
    • Incluir nome e função do destinatário
    • Incluir nome da empresa
    • Incluir morada
Não se esqueça de verificar se o nome e função da pessoa a quem dirige a correspondência estão correctos. É muito desagradável e perde impacto qualquer carta que contenha um erro desta natureza.

Passo 6 - Dobrar e inserir a carta no envelope

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  • Utilize o tamanho de envelope comum para cartas comerciais (11x22cm);
  • Verifique sempre se a morada da carta coincide com a morada do envelope;
  • Verifique se a carta está devidamente assinada;
  • Coloque a carta virada para cima sobre a secretária;
  • Dobre o terço inferior da folha para cima, tendo o cuidado de verificar se o vinco não fica torto;
  • Depois dobre o terço superior da carta para baixo;
  • Finalmente, basta inserir a carta no envelope.

Ponto 7 - Avaliar a eficácia económica de uma carta

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Uma carta elaborada para promover um novo produto ou serviço é, geralmente, enviada a um número significativo de potenciais clientes, ultrapassando muitas vezes a centena. Para avaliar se um mailing teve ou não o efeito pretendido deverá:
  • Calcular o montante investido no mailing, durante um determinado período;
  • Verificar se houve ou não um aumento das vendas nesse período. É preciso ter em atenção que existem muitos factores que poderão estar na base de uma redução das vendas, como por exemplo, o abrandamento económico de um determinado país ou região, que nada têm a ver com a qualidade da correspondência. No entanto, mesmo nestas situações, uma mensagem agressiva produz sempre efeitos positivos. A carta eficaz promove as vendas;
  • Comparar o aumento das receitas com os custos efectuados com o mailing.
Se as receitas compensarem os custos, então a mensagem da carta foi eficaz e o método poderá ser aplicado em futuros mailings. Caso contrário, será necessário repensar o conteúdo da mensagem, a linguagem utilizada e a apresentação gráfica da carta.

  Bibliografia
  • Torriente, Gaston F. e Zayas-Bazán, Eduardo; Como escrever cartas eficazes; 2ª Edição; CETOP
  • Piotrowski, Maryann V.; Effective Business Writing; Harper Collins; Second Edition
  • Susan L. Brock, Better Business Writing, Crisp Publications; Third Edition
  • Gómez, Sónia Iborra; Correspondência Comercial; Estampa
  Referências

Autor: PME Negócios

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