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Manual

Como conceber um sistema de informação na empresa

Índice

Ponto 1 - Conceito
Ponto 2 - Objectivos
Ponto 3 - Concepção
Ponto 4 - Outras regras
Ponto 5 -As três funções de um Sistema de Informação

Ponto 1 - Conceito

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A informação sempre foi importante, essencial mesmo, para a tomada de decisão e, portanto, para qualquer acto de gestão. Mas hoje, o volume de informação disponível conheceu um crescimento exponencial. Actualmente não há falta de informação mas sim excesso de dados. Uma consequência desta realidade é que é preciso organizar essa mesma quantidade de dados. E é para isso que existem os Sistemas de Informação.

O que é um Sistema de Informação e o que deve conter? Podem dar-se várias definições de sistemas de informação mas, mais importante do que um rótulo fixo, é importante compreender do que é que falamos quando pensamos nesta realidade, presente nas organizações e nas empresas, sejam elas grandes ou PME. Trata-se de um conjunto, composto por várias componentes como computadores, pessoas, processos, etc., que permite produzir, recolher e armazenar dados. E esses dados constituem a informação que é essencial para a grande maioria das tomadas de decisão, nomeadamente quando se está a gerir uma empresa.

Assim definido, um Sistema de Informação engloba vários elementos:
  • hardware: todos os equipamentos informáticos que permitem recolher, tratar e armazenar os dados; estamos aqui a falar, essencialmente do conjunto de computadores da empresa.
  • software: o conjunto de programas informáticos que permitem, por um lado, tratar os dados presentes, transformando-os em informação e, por outro lado, funcionar com os equipamentos, com as componentes do computador.
  • organização: também pode - e deve - ser considerada como uma componente do sistema de informação já que é um factor essencial; representa a maneira como são organizados os processos e as pessoas para a recolha, o tratamento a armazenagem da informação.
  • pessoas: fazem parte dos sistemas de informação na medida em que são os recursos humanos que estão vocacionados para tudo o que tem a ver com a informação (recolha, tratamento utilização), no seio da organização, ou seja são todos os colaboradores.
  • output: trata-se do produto final, depois das fases de recolha, de tratamento e de armazenagem dos dados, ou seja é a informação, arrumada de forma lógica e útil para a empresa e também de fácil acesso.

Ponto 2 - Objectivos

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Quais os objectivos que a empresa pretende atingir quando instala e põe a funcionar um Sistema de Informação? A informação é um recurso vital, ao mesmo nível que os recursos humanos ou os financeiros. De forma simples, o sistema de informação deve ser capaz de ajudar a empresa a atingir os seus objectivos. As finalidades principais dos sistemas de informação numa empresa são:
  • Recolher, seleccionar e tratar os dados para servirem de suporte à decisão
  • Proporcionar regularmente informação a todos os níveis da gestão
  • Acrescentar valor à empresa.
A melhor coisa a fazer, quando se definem objectivos numa organização, é que estes sejam claros, se possível mensuráveis e concisos. Assim, numa abordagem mais global, os Sistemas de Informação devem ter por finalidade fornecer dados organizados, de forma a ajudar os gestores e decisores, sejam eles de topo, intermédios / de coordenação ou ao nível operacional, a tomar as decisões certas rapidamente e com um mínimo de risco. Podem-se, em seguida, definir objectivos específicos para os vários departamentos e níveis hierárquicos da empresa. Neste ponto é essencial ter em mente que os objectivos específicos de cada departamento não podem contradizer os objectivos globais mas devem reforçá-los.

Os sistemas de informação, se bem concebidos e bem trabalhados numa empresa podem trazer vantagens aos mais variados níveis. Por exemplo:
  • Reduzir custos
  • Aumentar a oferta
  • Melhorar a satisfação dos clientes
  • Detectar nichos de mercado
  • Melhorar a qualidade dos produtos e serviços
  • Etc.

Ponto 3 - Concepção

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A base de qualquer sistema deste tipo é a sua divisão em sub-sistemas. De facto, não faz sentido concentrar toda a informação num só ponto. É preciso arrumá-la de forma a estar acessível e ser útil para que precise dela, dentro da empresa. Não se pode estabelecer de forma definitiva e indiscutível qual a melhor concepção de um Sistema de Informação para toda e qualquer empresa. A construção de um sistema de recolha, tratamento, armazenagem e disponibilização de dados importantes para a empresa vai depender de muitos factores como sejam o sector de actividade ou o estilo de gestão, entre outros. No entanto, podem-se definir duas grandes formas de pensar e, posteriormente de organizar, o sistema de informação de qualquer organização.

Assim, os sistemas de informação podem ser divididos em sub-sistemas de informação segundo dois critérios:
  • as unidades de negócio da organização: trata-se de organizar os sub-sistemas em função dos diferentes produtos e serviços fornecidos por uma empresa. Por exemplo, uma empresa do ramo alimentar pode ter um Sistema de Informação para as bolachas, outro para os enlatados, outro para os refrigerantes, etc. Este tipo de organização do Sistema de Informação faz mais sentido para empresas maiores ou empresas onde existe um elevado grau de autonomia nas várias unidades de negócio.
  • as funções tradicionais da gestão: trata-se de organizar os sub-sistemas em função das áreas da gestão: comercial, produção, financeira, de recursos humanos, administrativa, de marketing, mas também de compras e gestão global. Uma divisão desta forma faz mais sentido para empresas mais pequenas. Este sub-sistema justifica-se porque as necessidades de informação de cada uma destas funções são muito diferentes.

Ponto 4 - Outras regras

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Qualquer um destes sub-sistemas pode, por sua vez ser dividido em sub-áreas, segundo a dimensão e as necessidades da empresa.

Para que um sistema assim construído - segundo qualquer uma das duas ópticas - seja efectivamente eficaz, é indispensável que esteja assegurado o rápido intercâmbio de informação entre os vários sub-sistemas. Estes não podem nem devem ser estanques. O cruzamento da informação permite retirar do processo todo o seu potencial para uma gestão global eficaz da organização. Só assim, os diversos departamentos ou unidades de uma empresa se podem complementar e deslocam-se todos na mesma direcção.

Assim, os sub-sistemas devem
  • responder às necessidades específicas de informação dos decisores das diferentes unidades de negócio ou das diferentes áreas da gestão (dependendo de qual dos dois modelos expostos anteriormente foi escolhido) integrando também os dados de outras áreas que forem relevantes.
  • responder às necessidades globais de informação da gestão de topo agrupando e estruturando os vários tipos de dados de forma a permitir uma visão de conjunto

Ponto 5 -As três funções de um Sistema de Informação

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  • A recolha de informação: os dados relevantes para a ajuda na tomada de decisão nos vários níveis da empresa podem ser
  • externos (a informação que chega à empresa como facturas, propostas, etc. e a informação presente no exterior como estudos, dados sobre a concorrência, etc.)
  • internos (relatórios, análises internas, etc.).

  • Para os recolher, pode-se recorrer a dois grandes métodos:
  • observando e realizando inquéritos ou questionários cujas questões estão orientadas para a avaliação da situação.
  • recolhendo informação existente tanto na empresa como no exterior, como sejam estudos, artigos publicados, livros, etc.
  • Tratamento da informação: a fase de tratamento dos dados compõe-se de duas etapas:
  • correcção se os dados não tiverem correctos ou se se apresentarem num suporte diferente do utilizado no Sistema de Informação (papel em vez de suporte magnético, por exemplo)
  • codificação no computador de forma a que obedeçam à mesma lógica para toda a empresa; aqui podem ser utilizados modelos estatísticos para adequar os dados às necessidades da empresa
  • Armazenamento da informação: a empresa ou organização deve guardar a informação (em suporte magnético) de modo a poder reencontrá-la facilmente e utilizá-la. Podem ser criadas várias bases de dados em função das necessidades da empresa. Finalmente, é importante não esquecer a constituição de back-ups de segurança. O volume de informação que uma organização encerra no seu Sistema de Informação é uma mais-valia preciosa. Perder esses dados ou passá-los para a concorrência pode ser extremamente grave ou até mesmo fatal para a empresa. Por isso, no campo da segurança, todo o cuidado é pouco.
  Bibliografia
  • Rascão, José; Sistemas de Informação para as Organizações; 2001; Edições Sílabo
  • Amaral, Luís; Planeamento de Sistemas de Informação; 2000; C A-Editora Informática
  • Cassidy, Anita; A Practical Guide to Information Systems Strategic Planning; 1998; CRC Press - St. Lucie Press
  • Cassidy, Anita e Guggenberger, Keith; A Practical Guide to Information Systems Process Improvement; 2000; CRC Press
  Referências

Portugal Telecom: www.ptsi.pt
Motivus: www.motivus.pt
Multibase; www.multibase.pt
Systemhouse: www.systemhouse.pt

Autor: PME Negócios

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